O bolinho de polvilho é um clássico da culinária brasileira que remete imediatamente às memórias afetivas da infância, especialmente àquelas vividas nas cozinhas das avós. Crocante por fora, macio por dentro e extremamente leve, esse quitute é irresistível e difícil de comer apenas um. A boa notícia é que essa receita típica de Minas Gerais pode ser preparada de forma prática e rápida, utilizando ingredientes simples e acessíveis, muitos dos quais você provavelmente já possui em casa. A seguir, aprenda o passo a passo completo para preparar um bolinho de polvilho tradicional e confira dicas exclusivas para deixá-lo ainda mais saboroso. Ingredientes para o Bolinho de Polvilho Antes de iniciar o preparo, verifique os itens necessários para a receita: Como Fazer Bolinho de Polvilho Assado 1. Aqueça os ingredientes líquidos Em uma panela, misture a água, o leite e o óleo. Leve ao fogo médio até levantar fervura. Esse processo é essencial para escaldar o polvilho e garantir a textura adequada à massa. 2. Incorpore ao polvilho Em uma tigela grande, coloque o polvilho e despeje a mistura quente por cima. Mexa vigorosamente com uma colher resistente até formar uma massa densa e pegajosa. 3. Adicione o ovo Aguarde alguns minutos para a massa esfriar levemente. Em seguida, acrescente o ovo e misture até obter uma massa homogênea. Se necessário, utilize as mãos para facilitar a integração dos ingredientes. 4. Acrescente o queijo (opcional) Caso deseje adicionar queijo, este é o momento ideal. Misture bem até que o queijo esteja completamente incorporado à massa. 5. Modele os bolinhos Com as mãos levemente untadas com óleo, modele pequenas porções da massa em formato de bolinhas ou rosquinhas. Evite tamanhos muito grandes, pois os bolinhos crescem durante o cozimento. 6. Leve ao forno Disponha os bolinhos em uma assadeira untada ou forrada com papel manteiga, deixando espaço entre eles. Asse em forno pré-aquecido a 180 °C por aproximadamente 20 a 25 minutos, ou até que estejam dourados e crocantes por fora. Dicas para um Bolinho de Polvilho Perfeito A temperatura do forno é um dos fatores mais importantes para garantir que o bolinho de polvilho fique com a textura perfeita — crocante por fora e macio por dentro. A seguir, explico com mais detalhes como controlar esse aspecto da receita para evitar erros no ponto: Temperatura Ideal do Forno para Bolinho de Polvilho A temperatura recomendada para assar bolinhos de polvilho é 180 °C, com o forno pré-aquecido por pelo menos 10 minutos antes de colocar a assadeira. Essa temperatura permite que os bolinhos cresçam uniformemente e criem uma casquinha crocante sem ressecar por dentro. No entanto, há alguns cuidados importantes: 1. Forno muito quente (acima de 200 °C) 2. Forno muito frio (abaixo de 160 °C) Dicas para Acertar o Ponto no Forno 🔹 Use forno convencional, se possível O forno elétrico com resistência superior e inferior costuma assar de forma mais uniforme. Se estiver usando forno a gás, prefira assar na prateleira do meio, para evitar que doure demais por baixo. 🔹 Não abra o forno antes de 20 minutos Abrir o forno muito cedo pode causar perda de calor e interromper o crescimento dos bolinhos. Espere ao menos 20 minutos antes de verificar o ponto. 🔹 Observe o visual e a textura Os bolinhos estarão prontos quando apresentarem uma coloração levemente dourada e a casca estiver firme ao toque. O interior deve estar cozido, mas ainda leve e úmido — nunca seco demais. 🔹 Faça o teste com um palito Se estiver em dúvida, espete um palito em um dos bolinhos. Ele deve sair limpo, mas levemente úmido. Se sair com massa líquida, ainda não estão prontos. Adaptação para Fornos com Variações de Temperatura Se você sabe que seu forno é muito potente ou aquece de forma desigual: Tempo Médio de Forno História e Origem do Bolinho de Polvilho Tradição Mineira e Influências Coloniais O bolinho de polvilho é uma iguaria com raízes profundas na culinária caipira do Brasil, especialmente nas regiões de Minas Gerais e interior de São Paulo. Originado nas cozinhas das antigas fazendas coloniais, ele surgiu da necessidade de utilizar ingredientes regionais, como o polvilho – produto derivado da mandioca. Na época colonial, o trigo era escasso, e a mandioca tornou-se a principal base de diversas receitas. Assim, surgiu uma variedade de quitandas, como o pão de queijo e o bolinho de polvilho, preparadas com leite, ovos, banha de porco (hoje substituída por óleo) e, claro, polvilho. Contribuições Indígenas e Portuguesas A tradição indígena no uso da mandioca teve papel fundamental na criação dessa receita. Os povos originários já produziam farinhas e derivados como o beiju muito antes da chegada dos colonizadores. A cultura portuguesa, por sua vez, trouxe a tradição da panificação, e a fusão dessas práticas resultou em quitutes como o bolinho de polvilho. O escaldamento do polvilho, processo essencial na preparação da massa, é um exemplo dessa herança mista, combinando técnicas tradicionais europeias com ingredientes tipicamente brasileiros. O Bolinho de Polvilho na Atualidade Mesmo com o passar dos séculos, o bolinho de polvilho permanece presente nas mesas brasileiras. É frequentemente encontrado em padarias, feiras livres e nos lares onde receitas tradicionais ainda são preservadas. A receita segue sendo passada de geração em geração, muitas vezes de forma oral e com medidas “no olho”, como era comum entre as cozinheiras do interior. Atualmente, há diferentes variações regionais dessa iguaria. Em algumas localidades, o bolinho é mais seco e crocante, assemelhando-se a um biscoito. Em outras, apresenta uma textura mais aerada e úmida, especialmente quando leva queijo na composição. Independentemente da versão, seu sabor caseiro e seu vínculo com as raízes culturais brasileiras permanecem inconfundíveis. Combinações e Sugestões de Consumo O bolinho de polvilho é uma excelente opção para o café da manhã ou lanche da tarde. Combina perfeitamente com um café coado, chá ou até mesmo um chocolate quente cremoso. Pode ser servido puro ou acompanhado de geleias, manteiga ou requeijão, dependendo da preferência de cada um. Considerações Finais Fácil de preparar e com alto valor afetivo,